domingo, 28 de fevereiro de 2010

O Carpe Diem na Literatura

O tema do carpe diem não é exclusivo do Barroco. Na verdade, toda a literatura de orientação clássica faz uso do carpe diem (lema que significa "colhe o dia", "aproveita o dia"). O tema normalmente configura-se como um convite amoroso às mulheres "difíceis", ressaltando o fato de que a beleza e a vida são perecíveis e, por isso, é preciso aproveitar enquanto há tempo.

O filme Sociedade dos poetas mortos trata brilhantemente o assunto, quando o professor de literatura, representado pelo ator Robin Williams, pergunta a seus alunos: "Estão vendo todos estes alunos das fotos, que parecem fortes, eternoss Estão todos mortos. Carpe diem...".


Cartaz do filme Sociedade dos poetas mortos.

Fonte: William Cereja e Thereza Cochar.




quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Os Sertões

Conselheiro: monarquistas


Na época do conflito, "doze jornais fascinavam e alarmavam o público com relatos sangrentos da ação de uma gente descrita como fanáticos primitivos, mestiços 'miseráveis e supersticiosos' empenhados em puxar o Brasil de volta para o passado e o império. [...] É provável que Conselheiro nem soubesse o nome do presidente da república, Prudente de Morais [...]. Canudos foi um sonho de ascetismo religioso. Eles queriam se isolar do mundo e não alimentar revoluções", conta Walnice Galvão, professora de Teoria Literária e Literatura Comparada da USP.

Fonte: Superinteressante, nov. 1993.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Verbos de Ligação

O que são verbos de ligaçãos

Verbos de ligação são aqueles que relacionam o sujeito à sua característica ou ao seu estado.

Os principais verbos de ligação são: ser, estar, ficar, parecer, permanecer, continuar, andar. Mas atenção! É preciso observar o contexto para identificar se esses verbos são ou não de ligação. Na frase "Eu estou estressado", o verbo estar é de ligação. Já na frase "Eu estou no trânsito", o verbo estar é significativo, pois não indica uma condição emocional do sujeito, mas o lugar onde ele se encontra.
Fonte: Projeto Araribá (Ed. Moderna)

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Romances de amor e outros romances

A palavra romance assume popularmente também o sentido de caso amoroso, em frases como esta: "Os dois tiveram um romance no passado". Talvez por causa disso, algumas pessoas pensam que todo romance tenha obrigatoriamente um tema amoroso. Na verdade, como gênero literário, há vários tipos de romance: histórico, regional, urbano, psicológico, policial, etc. O amor pode ou não participar de qualquer um deles.

Outra confusão é pensar que todo romance seja romântico. Embora tenha se firmado no Romantismo, o romance tem vida própria e, até chegar aos nossos dias, fez parte de movimentos literários posteriores à época romântica.

Fonte: William Cereja e Thereza Cochar.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Amor platônico

Quem nunca curtiu um amor platônicos


Atualmente, a expressão amor platônico se refere a uma situação em que uma pessoa gosta de outra, apesar de saber que não será correspondida. Trata-se, portanto, de um conceito diferente do de Platão, porque o ideal do amante, nesse caso, é uma dia ter a pessoa amada.
O mais alto grau do platonismo amoroso cultivados pelos poetas da Era Clássica era ter a possibilidade de realizar o desejo amoroso, mas, por opção, renunciar a ele. Aí estaria provando que o amor (perfeito e eterno) está acima do desejo (físico e circunstancial).

Fonte: William Cereja e Thereza Cochar.

Platão e o Mundo das Ideias

Nos dias atuais, dizemos que uma pessoa sente "amor platônico" por outra quando ela já sabe, de antemão, que não vai ser correspondida. Porém, esse conceito, tomado na origem, é mais amplo.
O escritor Jostein Gaarder, autor de O Mundo de Sofia, uma espécie da história da filosofia romanceada, explica algumas ideias do pensador grego:

Para Platão, a realidade se dividia em duas partes. A primeira parte é o mundo dos sentidos, do qual não podemos ter senão um conhecimento aproximado ou imperfeito, já que para tanto fazemos uso de nossos cinco (aproximados e imperfeitos) sentidos. Neste mundo dos sentidos, tudo "flui" e, consequentemente, nada é perene. [...]
A outra parte é o mundo das ideias, do qual podemos chegar a ter um conhecimento seguro, se para tanto fizermos uso da razão. Este mundo das ideias não pode, por tanto, ser conhecido através dos sentidos. Em compensação, as ideias (ou formas) são eternas e imutáveis.
(São Paulo: Companhia das Letras, 1995. pp. 102-3)

Fonte: William Cereja e Thereza Cochar.

Fonema vs Letra

Fonema é o mesmo que letras

Não. O fonema é uma unidade de caráter sonoro, que se realiza na fala, enquanto a letra é simplesmente a representação gráfica do fonema. Por convenção, os fonemas devem ser escritos entre barras oblíquas. Observe, por exemplo, a transcrição fonética da palavra campo.

/k/ /ã/ /p/ /o/

Fonte: Ernani Terra.

Acentuação de marcas registradas

De acordo com a ortografia vigente, as palavras Antarctica, Ferrari e Petrobras deveriam apresentar acento gráfico. Antarctica por ser proparoxítona, Ferrari por ser paroxítona terminada em i e Petrobras por ser oxítona terminada em a (seguida de s).
Por se tratar de marcas registradas sem o acento gráfico, o Formulário Ortográfico admite que seja mantida a grafia original, daí justificar-se o não-emprego do acento gráfico.

Fonte: Ernani Terra.