segunda-feira, 31 de maio de 2010

Aonde / onde

Usa-se aonde com os verbos que dão ideia de movimento; equivale a para onde:

Aonde ele foi assim tão cedos [Para onde ele foi assim tão cedos]

Com os verbos que não expressam a ideia de movimento, usa-se onde:

Onde você moras

Fonte: Leila Lauar Sarmento.

domingo, 30 de maio de 2010

Predicativo do objeto não é adjunto adnominal

O predicativo do objeto é um termo exigido pelo verbo:

Elegemos Pedro nosso representante.

O verbo eleger exigiu a presença do termo nosso representante.


O adjunto adnominal é um termo que ajuda a especificar mais o objeto, mas sua presença não é obrigatória na oração:

Escolhemos o melhor trabalho do grupo.

Veja que essa oração poderia ter sido construída sem as expressões o melhor e do grupo:

Escolhemos trabalho.

Fonte: Projeto Araribá.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Hoje (é/são) vinte e um de fevereiro...

Concordância do verbo SER

- Na indicação de data, a concordância pode variar:

São vinte e um de fevereiro. (Concorda com o predicativo.)
É (dia) vinte e um de fevereiro. (Concorda com a palavra pressuposta, no caso dia.)

quarta-feira, 19 de maio de 2010

A domicílio / em domicílio

A locução a domicílio se usa com verbos de movimento:

Esta farmácia leva os medicamentos a domicílio (que equivale a: Esta farmácia leva os medicamentos a sua casa).


Se o verbo não dá ideia de movimento, de deslocamento físico, usa-se em domicílio:

Esta farmácia entrega medicamentos em domicílio (que equivale a: Esta farmácia entrega medicamentos em sua casa).

Fonte: Sacconi.

domingo, 16 de maio de 2010

Resposta para a ENQUETE 1

Pergunta: A fêmea do peixe-boi é...

a) peixe-vaca - 0%
b) peixe-mulher - 6%
c) peixe-boi fêmea - 94%


Resposta:

b) peixe-mulher

Observação: Peixe-mulher é substantivo masculino. Ex.: Os pescadores capturaram um peixe-mulher.

Fonte: Sacconi.

sábado, 15 de maio de 2010

Plural do substantivo simples

Aos substantivos terminados em -r, -s ou -z, acrescenta-se -es. Exemplos:

açúcar - açúcares / radar - radares / retrós - retroses / cruz - cruzes / gravidez - gravidezes

Fonte: Leila Lauar Sarmento.

Regência nominal - GUERRA

1. Guerra a:

Prolonga-se a guerra à Iugoslávia.

2. Guerra com:

Não houve mais guerra com armas químicas.

3. Guerra contra:

Iniciaram a guerra contra os inimigos.

4. Guerra entre:

Houve guerra entre os países vizinhos.

Fonte: Leila Lauar Sarmento.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Sentidos das PREPOSIÇÕES

1. Lugar ou origem:

O aparelho é de Londres.
A família residia em Santos.

2. Direção:

Vou a São Paulo, amanhã.

3. Modo:

O remédio era tomado a pequenos goles.

4. Posse:

Reformara a casa de Fernando.

5. Tempo:

Os pescadores partiram de noite.

6. Distância:

São poucos quilômetros daqui a sua casa.

7. Instrumento:

O professor apagou o quadro com o apagador.

8. Causa:

Por ser competente, foi a escolhida.

9. Companhia:

Os pequenos andavam pelo shopping com os pais.

10. Finalidade:

Compraram o material para a reforma da escola.

Fonte: Leila Lauar Sarmento.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

A moreninha e o indianismo romântico

Segundo Afrânio Coutinho, o primeiro romance nacional a representar o indianismo foi A moreninha - de Joaquim Manuel de Macedo. Observe:

"[...] Foi a primeira das grandes obras de nossa novelística romântica, em que se representavam as tendências do gênero, algumas - é certo - ainda em estado embrionário: nem mesmo lhe faltaria a feição indianista, presente na história intercalada de Aí e Aiotin, contada por uma das personagens, o que representa a primeira manifestação do indianismo em nosso romance. [...]"


(Em A literatura no Brasil - Era romântica, v.3.)

terça-feira, 11 de maio de 2010

Desafio - Língua Inglesa - 6.º ano

1. Read the text attentively.

This is Helen Jones, an English girl from Leeds. Tennis is her favourite sport. She’s twelve years old and she is a student at St. Michael’s School. Her address is 34, Hampton Road and her phone number is 455098. Her favourite colours are blue and red and her favourite animal is her cat. It’s white and its name is Fluffy.
Amy and Andy are her best friends. They are Scottish. Amy is twelve and Andy is thirteen. Their favourite hobby is skating.

A. Say if the following sentences are true or false.

I. Helen is an English teacher:

II. Her school is St. Michael’s School:

III. Fluffy is her dog:

IV. Amy isn’t her friend:

V. Andy is from Scotland:

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Emprego dos ADVÉRBIOS

1. Quando houver a sequência de dois ou mais advérbios de modo terminados em -mente, emprega-se o sufixo apenas no último advérbio:

Os países tentam assegurar-se econômica e politicamente.
A palestrante respondia calma, segura e espontaneamente.


2. Às vezes, empregam-se os advérbios no grau diminutivo com valor de superlativo:

O gerente do banco resolveu o problema rapidinho. [muito rápido]
Na subida da serra, o ônibus andou devagarinho. [muito devagar]


3. A repetição do advérbio tem o valor de superlativo na linguagem coloquial:

O treino dos pilotos terminou tarde, tarde.
Logo, logo o médico poderá atendê-lo.

Fonte: Leila Lauar Sarmento.

Plural dos substantivos compostos

1. Se vierem ligados por preposição (de, do, sem, etc.), pluraliza-se somente a primeira palavra:

pão-de-ló = pães-de-ló / mula-sem-cabeça = mulas-sem-cabeça


2. Se for formado por palavras repetidas ou por onomatopeias, pluraliza-se somente a segunda palavra:

reco-reco = reco-recos / bem-te-vi = bem-te-vis


3. Nos substantivos compostos de sentidos contrários, nenhuma palavra se flexiona:

os leva-e-traz / os perde-e-ganha

Fonte: Leila Lauar Sarmento.

domingo, 9 de maio de 2010

Regência nominal - ATENÇÃO

1. Atenção a:

Não deu atenção a ninguém.


2. Atenção com:

Sua atenção com todos é admirável.


3. Atenção para com:

Tenha atenção para com os mais velhos.

Fonte: Leila Lauar Sarmento.

Regência nominal - AMOR

1. Amor a:

Tinha grande amor à carreira.


2. Amor por:

Ela demonstrava amor por dança.

Fonte: Leila Lauar Sarmento.

Com o nacionalismo na cabeça

Veja até onde chegava o sentimento nacionalista no Brasil após a Independência de 1822:

Cipriano Barata [...] editor do jornal pernambucano Sentinela da liberdade, professava, segundo um testemunho, "um nacionalismo hiperbólico [...] que ia ao extremo de desdenhar tanto as ideias e os homens, como as coisas transmarinas". Só trajava roupas tecidas de genuíno algodão brasileiro e cobria-se com um chapéu feito de palha de palmeira de carnaúba [...] os nacionalistas mais exaltados cortavam o cabelo de um jeito que deixava uma risca bem aberta ao penteado. Esse corte bizarro chamava-se nem mais nem menos que "estrada da liberdade", e pretendia representar o fim do julgo colonial.

(Luiz Felipe de Alencastro. História da vida privada no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. v. 2, p. 60.)


Fonte: William Cereja e Thereza Cochar.

sábado, 8 de maio de 2010

Uso do PORQUÊ

1. Por que

a) usa-se em perguntas diretas e indiretas e equivale a por qual motivo ou por qual razão:

Por que a água do mar é salgadas [por qual motivo]
Não sei por que o setor da saúde no país é tão precário. [por qual razão]

b) substitui pelo qual e suas flexões:

O bancário obteve a promoção por que tanto lutou. [pela qual]

c) inicia oração subordinada substantiva e equivale a para que:

O escritor mostrou-se interessado por que lêssemos seu livro. [para que]


2. Por quê

Usa-se somente no final de frases:

A matéria jornalística não ficou pronta por quês [por qual razão]


3. Porque

Funciona como conjunção coordenativa explicativa, subordinada adverbial causal ou final, e equivale a pois, um vez que, já que, como, para que, a fim de que:

Leve-lhe um agasalho, porque a noite está fria. [conjunção coordenativa explicativa = pois]
A economia está em crise porque o preço do petróleo aumentou. [conj. subordinativa adv. causal = já que]
Não fales alto porque eles não te escutem. [conjunção subordinativa adverbial final = para que]


4. Porquê

Emprega-se como substantivo, precedido de artigo ou pronome. Equivale a motivo, causa, razão:

Ignoro o porquê de sua partida. [motivo]
A ministra mencionou outro porquê da mudança de horário. [motivo]

Fonte: Leila Lauar Sarmento.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Regência - verbo QUERER

1. transitivo direto - desejar:

O menino queria balas.
Não o quero mais aqui, saia!

2. transitivo indireto - estimar, amar:

O menino queria muito ao pai.
A garota queria muito ao namorado.

Fonte: Sacconi.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

A importância do MITO

O mito conserva situações que, sem ele, estariam esquecidas. Ele consagrou-se como um meio de buscar a verdade, o sentido e o significado das coisas, contando histórias sobre a sabedoria da vida. Por isso, possui importância fundamental nos estudos humanísticos, nos quais se inserem os estudos de Literatura. Conforme Campbell, na escola acumulamos informações e até adquirimos tecnologia que nos orientam em nossa vida prática. Mas esse instrumento não basta para ensinar a sabedoria da vida. Já os mitos oferecem modelos de vida que devem ser adaptados ao tempo em que se vive. Portanto, o mito é sempre o esboço de uma imagem ou símbolo de uma realidade que não poderia ser revelada de outra forma.

(JESUS, Luciana Maria de; BRANDÃO, Helena Negamine. Mito e tradição indígena.)


Fonte: Heloísa Harue Takazaki.

domingo, 2 de maio de 2010

Numerais: algarismo romano

Na leitura dos algarismos romanos que vêm após substantivos que indicam séculos, nomes de papas ou reis e partes de uma obra, empregam-se numerais ordinais até o décimo e, depois, numerais cardinais:

Na Idade Média, no século IX (século nono), predominou o Cristianismo na Europa.
Henrique VIII (Henrique oitavo), rei da Inglaterra, foi casado com Ana Bolena.
No capítulo II (capítulo segundo), estudamos fonema e letra.
O volume XII (volume doze) desta coleção traz biografias de pintores.


ATENÇÃO: Se o algarismo vier antes do substantivo, é lido sempre como numeral ordinal:

O V episódio (quinto episódio) do romance é surpreendente.
O XI capítulo (décimo primeiro capítulo) pareceu-me mais longo.

Fonte: Leila Lauar Sarmento.

Drummond e a II Guerra Mundial

Em fevereiro de 1945, Drummond concedeu uma entrevista ao repórter Ary de Andrade. Perguntado sobre a guerra, respondeu:

Para que se pudesse dizer que este conflito não foi em vão e veio beneficiar a humanidade, seria preciso que esse amanhã, de que estamos ainda num sombrio princípio de aurora, trouxesse melhores condições de vida, habitação, cultura, subsistência para todos os homens, sem distinções nem discriminações, quaisquer que elas fossem. Que às bibliotecas fosse permitido o acesso aos que têm os pés descalços...
(Apud Sônia Brayner, org. Carlos Drummond de Andrade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978. p. 32.)



Fonte: William Cereja e Thereza Cochar.

Crase / Casos em que nunca ocorre

1. Antes de palavra masculina:

Dirigiu-se a Felipe em tom ameaçador.
As vendas a prazo aumentaram no Natal.

2. Quando a preposição estiver no singular seguida de um substantivo no plural:

Não vamos a festas do clube.

3. Antes de verbos:

Hoje começamos a pesquisar sobre esse assunto.

4. Antes de pronomes que repelem o artigo, como os pessoais, de tratamento, demonstrativos, indefinidos, interrogativos e relativos:

Referiu-se a ela com imenso carinho. [pronome pessoal]
O advogado entregou a V.Sa. o documentos [pronome de tratamento]
O visitante regressou novamente a esta pousada. [pronome demonstrativo]
Você não irá a nenhuma festa com seus amigos. [pronome indefinido]
Ela se dedicou a qual profissãos [pronome interrogativo]
Esta é a conclusão a que chegamos. [pronome relativo]


Obs.: A crase ocorre diante de certos pronomes de tratamento como senhorita e senhora:

O diretor apresentou-me à senhorita Clara.

5. Diante de artigos indefinidos:

Eles foram a uma bela exposição de pintura.

6. Diante de palavras repetidas ligadas por preposição:

A água caía no assoalho gota a gota.

7. Na locução a distância, quando a noção de distância não estiver determinada:

Ficou a distância, observando o ensaio.

Obs.: Se a distância estiver determinada ocorre crase:

O guarda permaneceu à distância de dez metros.

Fonte: Leila Lauar Sarmento.

sábado, 1 de maio de 2010

Crase / Casos em que sempre ocorre

1. Em locuções adverbiais formadas por preposição e palavra feminina: às pressas, às carreiras, às ocultas, às escondidas, à tarde, à noite, às vezes, à toa, etc.:

Voltou à tardinha à pensão.

2. Em locuções prepositivas: à frente de, à custa de, à maneira de, à vista de, etc.:

O carro parou à beira do precipício.

3. Em locuções conjuntivas: à medida que, à proporção que, etc.:

O Brasil cresce à medida que trabalhamos.

4. Quando os pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo e a(s) vierem precedidos de verbos regidos pela preposição a:

Todos nós iremos àquele show na praça.
Raquel referia-se àquilo que você fez ontem.

5. Quando se subentedem as expressões à moda (de), à maneira (de):

Tinha preferência por sapato à Luis XV. [à moda de]
Preparou para o jantar bifes à milanesa. [à maneira]

6. Quando houver numerais indicando horas:

Regressamos às quatorze horas ao escritório.

7. Antes de nomes de lugares que admitem o artigo:

O presidente foi à Itália em visita ao Papa.
Voltarei à Europa ainda este mês.

8. Antes das palavras casa e terra, se vieram determinadas:

O ônibus chegou à casa de Laura há pouco.
O navegador voltou à terra descoberta.

Fonte: Leila Lauar Sarmento.