Veja até onde chegava o sentimento nacionalista no Brasil após a Independência de 1822:
Cipriano Barata [...] editor do jornal pernambucano Sentinela da liberdade, professava, segundo um testemunho, "um nacionalismo hiperbólico [...] que ia ao extremo de desdenhar tanto as ideias e os homens, como as coisas transmarinas". Só trajava roupas tecidas de genuíno algodão brasileiro e cobria-se com um chapéu feito de palha de palmeira de carnaúba [...] os nacionalistas mais exaltados cortavam o cabelo de um jeito que deixava uma risca bem aberta ao penteado. Esse corte bizarro chamava-se nem mais nem menos que "estrada da liberdade", e pretendia representar o fim do julgo colonial.
(Luiz Felipe de Alencastro. História da vida privada no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. v. 2, p. 60.)
Fonte: William Cereja e Thereza Cochar.
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