"Creio que é preciso distinguir duas fases no Modernismo brasileiro. Uma primeira fase foi a Semana de Arte Moderna e da revista Klaxon. Estávamos, de fato, nesta primeira fase, muito mais interessados na renovação literária e artística do que em outros assuntos. Foi, vamos dizer, a época polêmica. Mas, em 1923, nosso grupo cindiu-se, literalmente falando. Homens como Mário de Andrade, Guilherme de Almeida, Menotti del Picchia e outros continuaram no seu caminho de literatos. Continuaram a escrever e produzir prosa e poesia. Enquanto outra parte do grupo, que não tinha tanto interesse pela literatura, que fez literatura mais pelo que representava de renovação e de polêmica, tomou outras atitudes. Tanto que, depois de Klaxon, houve uma parada no movimento Modernista. Uma parada que vai até 26, quando se funda outra revista, Terra Roxa e Outras Terras, já com novos aderentes, como Antônio de Alcântara Machado e outros."
(Rubens Borba de Moraes, em depoimento para a edição comemorativa dos 50 anos da Semana da revista Cultura, publicação do Ministério da Educação e Cultura, janeiro/março de 1972)
Fonte: José de Nicola.
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